No último dia 22 de maio, foi apresentada a comunicação “Memórias, materialidade e patrimônio: possibilidades de reconstituição do Ilê Asé Odé Ibualamo”, no 4º Seminário Brasileiro de Arquitetura Vernácula Popular, realizado nesta edição na Universidade Federal Fluminense (UFF). A apresentação foi redigida por Odecidarewa (Mãe Zana de Odé, Yalorixá do mencionado terreiro) e as integrantes da Rede Brasileira de Pesquisadores de Sítios de Memória e Consciência, Glória Kok e Amália dos Santos (apresentadora).
Amália dos Santos, pesquisadora e professora da Escola da Cidade e integrante da REBRAPESC, apresentando a comunicação “Memórias, materialidade e patrimônio: possibilidades de reconstituição do Ilê Asé Odé Ibualamo”, no 4º Seminário Brasileiro de Arquitetura Vernácula Popular, realizado em maio de 2024 na Universidade Federal Fluminense.
Na ocasião, foram discutidas as metodologias e conceitos mobilizados na produção de documentação sobre o Ilê Asé Odé Ibualamo, terreiro assentado em Carapicuíba (Região Metropolitana de São Paulo) e destruído pela Prefeitura em dezembro de 2022, a partir do projeto “A destruição do terreiro Ilê Asé Odé Ibualamo: patrimônios e caminhos de reparação”, financiado pelo Edital de Chamamento 005/2023, Termo de Fomento 020/2023, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Departamento de São Paulo, e sediado na Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Por meio de entrevistas, visitas de campo, debates, curadoria colaborativa e dinâmicas de arquivo informal, o grupo levantou e produziu registros sobre a materialidade do terreiro, sua inserção na rede de comunidades de matriz africana na cidade e interestadual e as atividades que compunham o cotidiano e as festas realizadas no Ilê, bem como material referente a sua demolição.
A apresentação compreendeu três aspectos centrais do projeto de pesquisa, que fundamentaram questões acerca da patrimonialização de manifestações culturais de povos de matriz africana: o primeiro, sobre parâmetros metodológicos principais, baseados no tabalho de memórias e no campo da história oral, afinados com um horizonte de democratização da produção historiográfica; o segundo e terceiro aspectos referiram-se a atividades propostas com a finalidade de produzir documentações sobre a história e a materialidade da comunidade, a saber, dinâmica de arquivo informal e produção coletiva de maquete.
Em breve, o artigo completo estará disponível nos anais do evento.
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